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Foto do escritorROGER BRYS VOLZ

Acompanhamento mensal, semanal ou diário de obra?


Nesta jornada, algumas questões sempre me passaram sobre o acompanhamento mensal de obra:

  1. Porque temos a cultura de somente verificar o andamento da obra mensalmente?

  2. Porque não diminuir o período de análise?

  3. É tão difícil acompanhar a obra semanalmente e gerar um indicador?

Vamos começar esta análise fazendo algumas “contas de padeiro”.

Estabeleceremos a seguinte premissa: “A duração da obra é de 24 meses!”

Ok, o que são 24 meses? Um ano é composto por 52 semanas, assim sendo 02 anos ou 24 meses são compostos por 104 semanas.

Vamos admitir que neste cronograma temos 04 semanas de segurança, para que o cronograma seja atingido e vamos estabelecer assim que a obra será feita em 100 semanas.

Ora, se temos 100 semanas e um projeto tem 100% para ser concluído, precisamos executar


**1% do projeto por semana**

Façamos uma outra “conta de padeiro”. Se uma obra que tem 100% precisa ser executada em 24 meses temos que, 100⁄24 é igual a 4,17% de avanço físico/mês.


**Vamos arredondar para 4,2% / mês.**

Chegamos a seguinte conclusão.


Neste caso a obra precisa avançar em sua execução aproximadamente 1% / semana e 4,2%/mês em média.

É claro que este cálculo é feito de forma simplista, linear e média e não condiz com o normal andamento de uma obra na construção civil porém serve como uma referência.

É comum a equipe de produção esmorecer e não ter o afinco necessário para conduzir a execução da obra dentro do cronograma. As obras de construção civil atrasam constantemente e, como um sapo dentro da água que vai a fervura lentamente, os gerentes se acostumam com os atrasos muitas vezes por não ter tempo hábil de tomar decisões para reverter o atraso.


Ao usarmos a prática de medição mensal de avanço físico perdemos a oportunidade de antecipar uma decisão que permitiria o não atraso da obra. Sabemos que a inércia é muito grande para a troca de um empreiteiro, aquisição de certos suprimentos ou a subdivisão das tarefas com novas equipes.


Precisamos tem em mente que quanto antes tomarmos a decisão melhor.

Ao disseminarmos na obra que cada semana precisa andar 1%, e fizermos com que os responsáveis se preocupem com este 1% semanal, começaremos a estimular as equipes a procurarem inovações tecnológicas ou simplesmente estarem mais alertas para que os prazos sejam cumpridos e a obra ande.



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